Do topo dos prédio Eu tenho a cidade na palma Rémedio pra alma, o tédio me acalma, dedo médio pros traumas O medo já é tão normal na rotina nem me faz mal Navegando nos beco, boto meus erros em pauta Percebo que nada me falta Às vezes os ânimo exalta Pressão fica alta, mal dá Pra respirar, sufocado, eu corro pra me abrigar nas calçada Eu sinto que a rua me entende muito melhor que ninguém E quando eu tô lá eu percebo que na verdade eu entendo ela também Por isso Deixa eu ir, eu preçiso Me perder pra me encontrar Nesse mar de edifício Um lugar pra chamar de lar Não preocupe comigo Se alguém por mim perguntar Diz que eu fui sem aviso Mas que logo eu irei voltar Às vezes os cara não entende, mas sua opinião não me prende mais A mente em paz não sente, mas hoje é você que depende mais De mim do que eu de você Num rende mais, quem vende mais No fim é quem real e não quem se faz só pra tentar se vender Às vezes dá medo quando eu me sinto no centro, quando Eu sinto que os olhos tão vendo cada momento Julgando meus pensamentos Tentando me rotular Eu quero mostrar Mas também quero poder sumir algum dia se eu precisar Direto os cara me diz: Mano, seu trampo é insano mas você não parece feliz Mano saiba que cê tá levando a vida que eu sempre quis Como se eu fosse obrigado a viver o sonho de alguém Sendo que eles também tão só reclamando E foi justamente esse medo que fez eu cruzar a esfera Que fez eu voar só de ida do outono pra primavera E agora que eu tô aqui, os medo são outro, mas Se eu não encontrar minha paz, eu voo de novo atrás até encontrar Por isso Deixa eu ir, eu preciso Me perder pra me encontrar Nesse mar de edifício Um lugar pra chamar de lar Não preocupe comigo Se alguém por mim perguntar Diz que eu fui sem aviso Mas que logo eu irei voltar