Silêncio gritante na multidão O canto é o centro da atenção Esperando à esquerda amanhecerá O Sol nasce para todos Não está lá! Penumbra é relento mesmo que não mereça Rascunho da sombra dos pés a cabeça Mundo preto e branco mesmo que agradeça Ninguém ouvirá e que assim permaneça Eu quero ser o teu fracasso pra ouvir: Eu não ligo Entrar na faca de dois gumes só pra ser atingido Lave as mãos, dance com a morte e ver que não há perigo Autorretrato do vazio escarrado, esculpido Escrever uma história só pra rasgar o livro Lave as mãos, brinque com a sorte e ver que não há sentido Eu quero ser o teu pulmão só pra sentir que eu respiro Entrar na briga sem razão só pra medir que eu tô vivo Seque as mãos, olhe o norte e ver que não há abrigo autoestima do vazio já te tem como um filho Escrever uma canção só pra cantar pro inimigo Seque as mãos, cure o corte e procure um amigo Na caixa dos esquecidos!