Ouço o canto dos meus ancestrais Implorando: Intolerância nunca mais! Palavra maldita, tantas vezes dita contra o amor Ilumina o povo, meu pai! Kaô meu pai xangô! No mar eu vou pescar Na terra vou plantar e colher Ofertar meu quinhão, ajudar meu irmão Contra essa praga que se chama escravidão Mas nem tudo Mas nem tudo está perdido Vejo na luz no teu olhar Mulheres são guerreiras com as bênçãos de oxalá Energia a toda prova Que vem de ogum E no brilho dos teus olhos, vejo aiê e orun Trago alegria para sambar É dia de festa vamos comemorar Se achegando ao bem, expulsando o mal De alma lavada neste carnaval Sou Viradouro, sou Marias O meu lema é alforria Da Bahia trago axé Sou ganhadeira do Abaeté