Oh mãe! Se achegue para ver o ayo Das suas negras, cafuzas, Marias… Em labor Nas caminhadas de aurora dourada Não esmorecer, ensinamento que nos faz vencer Lavadeira do Abaeté não se entrega A esperança em jangadas navega Há marcas que o tempo não vai apagar São pegadas das nossas puxadas No balé das redes, nas ondas do mar Na secura da pescaria, a arte das mãos Esteio pra família Meu preparo têm dendê, sai na hora pra quem quer Vem sinhá, vem sinhô, balangandãs, pregoando sabor Vem sinhá, vem sinhô, balangandãs, pregoando sabor Da irmandade que trago no peito Brotou alforria em comunhão A bênção! Imaculada conceição Tem água de cheiro perfumando o ar Oferendas pra yemanjá Na energia que vem das bahias Ecoa o som da sabedoria Descortinando o véu da igualdade De alma lavada, comunidade No altar do samba Canta o povo em liberdade Ora yê yê ô! Mamãe oxum do amor Felicidade! Nos braços da Viradouro Purificação! Kaô, divina proteção