Gaucho-centauro de pua Medalha de pátria guaxa Na legenda da bombacha Há reflexos de lua Velha encarnação xirua Cintilando ao sol dos anos Bronze agreste dos pampeanos Redemunhando só confins Entre o sopro dos clarins De los pueblos soberanos. Alma-hombre-continente Viejo caudilho paysano Mescla de pampa e minuano Brasões de raça imponente Tal qual crioula vertente De alçadas concepções Donde vieram aos borbotões Velhos tigres de fronteiras Ajoelhando a alma inteira No altar das tradições. Dom Saraiva el gaucho errante Del panuelo colorao Que tranqueando en su tostao Levaste el pátria adelante Com la imagem cintilante De caudillo americano Que el viejo pago orejano Saludo en la montonera La liberdaded y la bandera Del gaucho y nuestros hermanos. E se foi pra eternidade Num flete bueno e pachola Laço velho a bate-cola De rédea solta a vontade É um pendão de liberdade Mais puro do que vertente Entrou na história de frente De chapéu meio tapeado E um por de sol colorado Sangrando a alma da gente. Mas ficaram ressonâncias Luzindo sobre a planura Fundamentando cultura Enchendo vazios... Distâncias E no templo da estâncias Entre umbus e cinamomos Preces nativas dispomos Na catedral do galpão No clarim d'um redomão Proutros rincões nos transpomos. Essa legenda guerreira Baguala e continental Saiu da banda oriental Sem convenções de fronteira E foi cruzando altaneira Com pátria dentro de si Por Bagé e Itaqui Arrematando na Lapa Para luzir esta luz guapa No capão do caruvi.