Brincando com o pensamento, relembro de minha infância Do tempo do galo novo, meio piá, meio criança Das diabruras que fazia na cidade e na estância Do Carancho e do Luizito quando tô do dia só se ouvia o grito Genny Pakú, Genny Pakú tá fazendo um calor danado Vou nadar pelado no rio Ximbocu Genny Pakú, Genny Pakú larga o José do Jovino E venha se banhar no poço do Tobrino São relíquias do passado que o tempo chamou saudade Das guerreadas de reboque e outras barbaridades Batalhas com carrapichos pelos cantos da cidade Do Nana, Reneu e Dico um dizia pro outro: Se tu vai eu fico Genny Pakú, Genny Pakú faz um frio e o vento açoita Venha que eu te abrigo aqui atrás das moitas Genny Pakú, Genny Pakú vem pra cá pro meu costado Que teu milho verde já esta carunchado Nuances que ficou passagens, tempo que ficou pra trás Das partidas de bolita que não voltam nunca mais Caçadas e pescarias, artes pelos bamburrais Do Valdo e do Supriano que até por bolita ela baixava o pano Genny Pakú, Genny Pakú jogue que o tempo é pouco Agora é das bebas e depois no bocó Genny Pakú, Genny Pakú entenda que eu disse aqui Pois esse é um tributo que eu rendo a ti