Sous le ciel pluvieux noyé de brumes sales Devant l’Océan blême, assis sur un ilôt Seul, loin de tout, je songe au clapotis du flot Dans le concert hurlant des mourantes rafales Crinière échevelée ainsi que des cavales Les vagues se tordant arrivent au galop Et croulent à mes pieds avec de longs sanglots Qu’emporte la tourmente aux haleines brutales Partout le grand ciel gris, le brouillard et la mer Rien que l’affolement des vents balayant l’air Plus d’heures, plus d’humains, et solitaire, morne Je reste là, perdu dans l’horizon lointain Et songe que l’Espace est sans borne, sans borne Et que le Temps n’aura jamais, jamais de fin Sob o céu chuvoso afogado em névoas sujas Na frente do oceano pálido, sentado em uma ilha Sozinho, longe de tudo, penso no lapidar do fluxo No concerto gritando explosões agonizantes Juba e cavernas desgrenhadas Ondas de torção chegam a galope E desmoronar aos meus pés com longos soluços Qual é a tempestade com respiração brutal Em toda parte o grande céu cinzento, o nevoeiro e o mar Apenas o pânico dos ventos varrendo o ar Mais horas, mais humanos e solitários, tristes Eu fico lá, perdido no horizonte distante E pense que o espaço é sem limites, sem limites E esse tempo nunca vai acabar