Conectados com a tecnologia Desconectados do sentimento A sociedade se tornando mais fria E a cada dia o eterno se mata por momento Vazios por dentro, andamos mascarados Infelizes na selfie, androides monitorados Selva de metal, quanto morto vivo Odiamos humanos, amamos o aplicativo O céu é cinza e a cortina de fumaça A massa move o mundo, que nunca move a massa O fim não é de graça, milhões e milhares Minúsculos na vida, gigantes nos celulares Invadindo lares, telas, computadores Nem mil calculadoras podem calcular as dores Atrizes e atores, refém dos monitores Na rua só maldade, tipo show dos horrores Flores de plástico na era cibernética Sentado no sofá, esperando a morte na cadeira elétrica Onde está a ética, o ódio nos infecta E nem com tanto wi-fi a gente se conecta O fim já se detecta, na placa tectônica Humanidade robô, sem amor, só biônica Quem vai curar a nossa crise Achar Jesus no Waze, meu mano não é Easy Perdidos na galáxia, batemos a nave Tentei falar do groove, mas o momento é tão grave Maldade escondida na falsa filantropia Americano cria guerra e o Brasil copia Gastei com terapia, assalto terapeuta Em quem devo votar só vejo alma neutra Enquanto eu neutralizo, catalizo o cataclismo Caneta irradia luz, minha poesia é o prisma (minha poesia é o prisma) Clássico como um jazz Mistura de Tim, Jon com Dre O que não for que a vida leve A males que vem para o bem Clássico como um jazz Mistura de Tim, Jon com Dre O que não for que a vida leve A males que vem para o bem O movimento se faz, de quem mais se movimenta Espíritos de guerra, buscando a paz sangrenta O plácido ácido do ódio, sendo propagado Tem prorrogado, tanta propaganda Sede por podium, guerra do ego inflado Como gado conduzido a nossa nação desanda Milhões de cores, pixels na tela de LED Tem gente que nem fode, só pensa no Ipad O que te impede de ser aquilo que cobra O que te sobra pra ser aquilo que espera O povo na desgraça vira massa de manobra Como se livrar das amarras da esfera O olhar da Mazzafera, na cidade do medo Se quer guardar segredo, não conte um segredo Se o samba sem enredo, não faz meu carnaval Adultos pagando as contas, crianças de guerra naval No vendaval qual a mão se estende Pra julgar um milhão, onde ninguém se entende Prisão mental é mal e a mentira te prende Tem quem vive na queda e mesmo assim não aprende Brasileiro não se rende, mas o povo ta dividido Vejo campanha de paz pregando morte pra bandido Primeiro plano a vida, depois bandido morto Mas deputado escapa com a coca no aeroporto Contando no contêiner, quem ta contendo corpo Negócio lucrativo pra quem lucra com aborto Clássico como jazz (clássico como jazz) A males que vem para o bem O que não for que a vida leve A males que vem para o bem Louco pra te ver, tocar tua mão Balas e palavras, selva, solidão Olhos abertos com falso irmão Entre a espada e a cruz, e a luz na escuridão Louco pra te ver, tocar tua mão Balas e palavras, selva, solidão Olhos abertos na rua com falso irmão Entre a espada e a cruz, e a luz na escuridão Louco pra te ver, tocar tua mão Balas e palavras, selva, solidão Louco pra te ver, tocar tua mão Balas e palavras, selva, solidão Tocar tua mão, tocar tua mão Te ver e tocar rua mão