Calço a minha bota velha e preta Avalanches de suspiros nessa teia Esculpidas em sereias de areia Eu vou, eu vou Visto as calças sujas finas entre pernas Alfinetes divididos sob a mesa As retinas se desviam sempre cegas Eu sou, eu sou Talvez o resto que ficou Quem sabe o medo te levou Um passo em falso e eu me vou E posso ser o mesmo outra vez Nos vestidos de serpentes com defeito Cogumelos entupidos pelo avesso A ressaca não passou, então mereço Eu vou, eu vou Esgotando meu viver em seios densos Perdoados ou divinos imperfeitos Vaidades discutidas sem certeza Eu sou, eu sou...