No tom da pele sim O amor que trago em mim É tom maior Em vermelho e amarelo É negro o orgulho que revelo Cheguei (Aí eu cheguei) Depois de navegar Por correntes deste mar De lagrimas que chorei Vivi o retinto desatino Fiz da luta meu destino Dessa história sou pilar! Cravei a África no peito do Brasil Raiz de sua identidade Sangue, suor e fé Neste chão Semeei prosperidade E foi num baobá que vi nascer o rei Rainhas, que hoje sei, a raça reuniu Fizemos dessa arte o palco desse dom É negra a cor do som! Erudita e popular Nossa cultura Fez do olimpo seu lugar! Um machado rompeu barreiras sociais Fundando a academia de imortais Bati tambor, no terreiro de yayá No colo de tia ciata Fechei com meu orixá Desci ladeira, na ginga da capoeira Fiz da rima expressão Quem tem alma não tem senhor Nem se curva a capitão nenhum Abolição não é favor Liberdade Seja sua nossa voz Coisa de preto Somos todos nós!