Na carreteira a estrela Dalva acorda os bois Um galo canta, outro responde mais ao léu Mate lavado, cafezito camboneado E o dia avança luzindo um florão no céu Madrugadita enserenada no potreiro Luar prateando, boi no pasto, água na sanga Enquanto a légua arranca notas do cincerro O boi da aurora vem lamber o sal da canga Meu pensamento encontra o vento e cria asas Pra estar nas casa em meio a moda no rincão Enternecer esse motivo que eu sustento Junto ao rebento e a mulher do coração E da cantiga do cincerro bem atado Faço um regalo para os outros que virão "Lenha embarcada e os avio das precisão.. Chamo do arreio a junta mestra veterana;; Meus bois da ponta tem muita estrada nos cascos Que nem carece o marimbondo na picana.. Rancho andarengo na cadência da boiada, Calmo assovio pra acompanhar tua cantiga, No teu costado encho os olhos de Querência E lavo a alma no regresso à gente amiga. Cascos de bois fizeram rastro lado a lado Na paz, na guerra, no plantio e na colheita Enquanto o homem, o cachorro e o cavalo Envelheceram no costado da carreta Resta aos antigos um recuerdo, um devaneio Mirar nublado por debaixo do chapéu Cada carreta um barco amigo no horizonte Singrando as pontas entre os campos no céu Meu pensamento encontra o vento e cria asas Pra estar nas casa em meio a moda no rincão Enternecer esse motivo que eu sustento Junto ao rebento e a mulher do coração E da cantiga do cincerro bem atado Faço um regalo para os outros que virão