Com este toque de gaita e pandeiro Eu lembrei de um fato que aconteceu comigo Já era mais ou menos meia tarde Quando me veio um piá Me trazendo um chasque do baile lotado Lá no bolicho do véio Bigode Pra estreiar o assoalho que fez no puchado E eu que não sou acanhado larguei desse jeito Afiei o formiga engraxei o meu trinta Já bebi por dentro da bombacha nova Me fui a fanfarra tentear umas mazurca Num tordilho bueno que não se retova Entrada barata e de sobra fartura Dizia nas tábua pregada ao moirão Convidando a indiada a se achegar na festa E o preço das coisas escrito a carvão Cinco pila pros home livre pras moça E de Ibirapuitã o gaiteiro boerano Cinqüenta centavo o martelo de canha Dois pila a caneca de vinho serrano Vendemo docinho, bolo de milho Cerveja, gasosa e fritemo pastel Favor entregar o revolver na copa Aqui não se dança de espora e chapéu E eu convidei uma prenda e saí chuleando aquele taboeiro E o velho Bigode, parecia um piá, gritava de vez em quando Cuidado com os vinho tinto indiada O assoalho é novo, Deus o livre manchar Lá de vez em quando uma rodada de canha Por conta da festa de inauguração E pascemo à noite a gaitaço e pandeiro Peleia de mango de tapa e facão No que apontou o sol serviu uma sopa E distribuiu bala pra quem tava lá Entregou os trabuco e pediu pra indiada Atirem pra cima pra comemora Cinco pila pros home livre pras moça E de Ibirapuitã o gaiteiro boerano Cinqüenta centavo o martelo de canha Dois pila a caneca de vinho serrano Vendemo docinho bolo de milho Cerveja, gasosa e fritemo pastel Favor entregar o revólver na copa Aqui não se dança de espora e chapéu