COISAS DO SERTÃO Autor: Nildo Freitas Ai que saudade que sinto da Lucáia Do tempo que fazia amor no mato Na beira do riacho Em noite de São João Menina moça não me deixa só Menina moça não me deixa só Que a saudade dói no peito E ninguém tem o direito de roubar o meu amor Muita cachaça, milho verde aipim Bolo de puba, tapioca, avoador Com licor de genipapo e tira gosto de peru Lá no terreiro, na beira da fogueira De batom e flor de cheiro Muita moça da Quixaba tá dançando sem parar O sanfoneiro melhor da redondeza No toque do pandeiro e do ganzá Vai puxando o fole Rasgando o pé de bode Até o dia clarear Menina moça não me deixa só Menina moça não me deixa só Que a saudade doi no peito E ninguém tem o direito de roubar o meu amor...