Vejo o tempo No passa tempo Do tempo que corre, Assobiando tempestade prevendo a morte. Rasgando a venta daquele que tenta Dizer que sobrevive no solo árido. Folhas secas, Corpo dilacerado molhado de suor. Vida despida Gente sofrida Desse corpo sem alma viva Dessa terra danada de gente forte. Corpo dilacerado pela luz incandescente Desse sol ardente, desse solo quente Que outrora já foi o que sou no presente. Pedaço de vida Choro sem lágrimas Asas partidas, Crianças gritando: mãe, A hora tá chegando. Igrejas caindo, velhos rezando A fome matando.