Sou um grande boiadeiro Do campo do Indaiá É uma vida das miór Que pra mim miór não há Eu não troco esta vida Nem por nada hei de trocá Só se fô pra mineirinha Que alegra o meu cantá De manhã arreio o baio Na garupa trago o laço Todo mundo para e óia Com meu macho quando passo Ele parece que entende Garra inté fazê luxinho Dá um passo atravessado E caminha empinadinho Mineirinha sai na porta Só pra morde vê passá Eu e meu cavalo baio Pela estampa e pelo andá Já ouvi inté dizê Que esse potro no arraiá Pode andá de testa erguida Que não encontra rivá Quando laço uma novia O meu potro fica em pé Fica pronto esperando Na sua força ele tem fé A novia dá o arranco Meu potro nem estremece Ele é pratico de lida Todos os gorpe ele conhece Tô amansando de garupa Com segunda intenção Quero atendê um pedido Do meu pobre coração Vou levar a mineirinha Na igreja do lugá Diga o povo o que quisé Mas com ela eu vô casá