Prendi as coisas Faiscando a ferradura Na minha cabeça dura E foi no lombo do cavalo Ao galopá-lo Fui salvando a minha vida Que eu achava já perdida Pelas esquinas do mundo De vagabundo Poeta, tem muito pouco Menos médico, mais louco Vai enchendo a cabeça Pra que apareça Agarrada no seu verso Ideia prum universo Mais tranquilo e mais humano Traçando plano Reta, curva ou ladeira Bosque, várzea ou ribanceira Vai seguindo o arquiteto Se tem Hermeto Bispo, Marley, Gentileza Isso só me dá certeza Da nobreza que dá certo Vô fazê, vô fazê Música pra enriquecer (o quê?) Os corações e o planeta Basta um papel e uma caneta.