Meti as mãos na madrugada Abrí os olhos junto com o céu Banhei-me nú na luz da alvorada E a própria luz despiu-se e estremeceu Banhei-me na luz da alvorada Abrí os olhos com o céu Assim nos olhamos as duas Alma e luz pela primeira vez O mundo nos vê cada vez mais nuas Nós esquecemos a nossa nudez O mundo nos vê cada vez mais nuas Alma e luz pela primeira vez Raios me vestem e me despem Perfumando meu corpo com incenso São as gotas de orvalho que refletem Os meus olhos à porta do silêncio Só tu podes ver o sol brilhante Na manhã da sua primeira luz Se abrires os olhos nesse instante Vais ver que os dois não podem estar mais nús Se abrires os olhos nesse instante Na manhã da primeira luz Raios me vestem e me despem Perfumando meu corpo com incenso São as gotas de orvalho que refletem Os meus olhos à porta do silêncio.