Quando bate a meia-noite Nos sepulcros estremecem Rangem ossos, rangem dentes São caveiras que padecem Uma lage de sepulcro Vai se abrindo com rangeres Dá passagem à uma caveira Que desfila entre os seres E os seres do outro mundo Como expectadores Contemplam ossos frios No strip-tease dos horrores É a caveira, é a caveira, é a caveira Caveira que se preza põe os ossos a mostrar E é preciso muita reza para não se horrorizar Mesmo assim entre os defuntos, na agonia e na dor Ele e ela sempre juntos, a caveira e seu amor É o caveira, é o caveira, é o caveira No portão do cemitério a caveira e o caveira Trocam juras de amor Formando um belo quadro de horror São os caveiras, são os caveiras, são os caveiras