Querencia, lavraram tuas verdes colinas Represaram a água da fonte Semearam este pasto cinzento Querencia, não tem luar entre arvores frondosas Ofuscado por luzes que não piscam Natureza perdida no tempo Querencia, cadê o quero-quero que anunciava a chegada Dos peões em final de tropeada Com os rostos cobertos de suor Querencia, apagou-se o fogo de chão Onde os peões contavam seus causos Sorvendo um amargo chimarrão Querencia, cadê tuas mangueiras caiadas Seus tropeiros e bois pela estrada A poesia da vida do campo E as rodas das carretas legendárias Esquecidas no teto ficaram Em algum bolicho de beira de estrada