Adeus amigos das madrugadas perdidas Minha esperança para sempre eu já perdi Adeus mulheres, perdição da minha vida Eu vou embora e nunca mais eu volto aqui Meu violão quero deixar de presente Para o infeliz que ocupar o meu lugar Quem como eu venha fazer a esta gente Viver sorrindo com vontade de chorar Há muito tempo lá no centro da cidade Deixei meu lar em um imenso mar de dor Deixei aquela que me amava de verdade Para sentir a tentação de um novo amor A minha esposa lamentando a negra sorte Voltou de novo para a casa de seus pais E hoje ela mil vezes prefere a morte E ao meu lado não pretende voltar mais Às vezes penso desertar da própria vida Lembrando o homem que eu fui antigamente Os meus amigos, as mulheres e a bebida Me reduziram nesse farrapo de gente Se no remorso afugentar a minha calma E com razão hoje eu vivo envergonhado E por castigo o que mais me dói na alma É recordar que naufraguei e fui culpado