Chegou, chegou no templo do samba O gueto da gente, a mais querida No coração matildense Nenê é minha águia, minha vida Quando a igualdade não havia A revolta foi a via contra a força da opressão Uma voz se ergueu, outras mais então Movimento que surgia, salve o povo da Bahia Sei que a rebeldia que trago no peito Tenho o direito de eternizar O canto libertário que se espalha pelo ar Lutar, acreditar, sonhar, ser mais Brasil Criar a pátria amada mãe gentil Há nos búzios a mensagem de cada irmão No quilombo novos ares, libertação Em canudos conselheiro e a sua fé Cabanagem no pará, na nenê samba no pé Vai no baticum do Olodum no pelourinho Um só coração, um só caminho Canto a igualdade, levo a união Venço toda a discriminação Sonhei que a terra é do agricultor Cidadão encontrou o abrigo do lar Eu vi a força unificando a luta sindical Mulheres defendendo um ideal De volta ao seu lugar A zona leste incendeia O Anhembi vai levantar A minha vila tem sangue na veia