Eu não tenho tempo. E afinal, quem é que vai saber dizer o que faz mal, tentar provar que, no final, não foi ninguém… não foi nada demais. Um tiro, um trago, tanto faz. Eu sou problema e não sou mais só inocência. E as vezes pago pra errar. E se acontece sempre algo a mais, eu juro, eu tento não olhar perdido pro vazio e não lembrar de mim. Porque as crianças estão na esquina trocando doces por cocaina e eu não suporto mais meu cheiro de suór. E, se eu quebro meus espelhos é porque não tem mais nada ali pra mim. Que quando é escuro, nuvens mudas choram pra limpar o sangue das ruas. Toda noite…