Vi gracioso e sutil Num magazine da cidade Numa vitrine infantil Um manequim de verdade O seu olhar endeusado Era um convite ao amor Pois tinha cor do pecado Se é que pecado tem cor Quando a vi na vitrine Do magazine tal qual manequim Floriu em mim o desejo De lhe dar um beijo ardente sem fim Moço, loucura não faça Não quebre a vidraça Ouvi de um senhor Mas não segui seu conselho Quebrei o espelho Sedento de amor