Quando a Lua se envolve O casarão sombrio Pela rua ouve-se um triste assovio E a noite envade com um vento frio Que porta cidade que causa arrepio Que passa na grade do portão vazio Que olha pra sacada e espera saída Da mulher amada que marcou-lhe a vida Que matou-lhe um pouco, que partiu a meia Que fez dele um louco pela Lua cheia Derramando os prantos mais desesperados Inventando tantos imortalizados Consolando tantos corações marcados E à mercê da sorte e da alma ferida Vai cantando a morte, pelo bem da vida