Num humilde barracão Uma moringa e um lampião O leito, uma esteira forrada no chão Sem desilusão Um fogão à querosene Sorriso franco de Irene E uma sandália dourada Pra sambar na quadra De sua escola querida Tem gente que tem muito mais E ainda reclama da vida Tem gente que tem muito mais E ainda reclama da vida Ela chega no samba cantando e sorrindo No seu samba tem graça tem raça e beleza Quando a noite se vai e o dia vem vindo Ela volta feliz para sua pobreza Num humilde barracão