Só com os meus pesares e desabrigado, eu vou Quem há de seguir os tontos passos meus E me penetrar todo o pensamento E me perdoar o ressentimento Nesse meu percurso, hei de parar atormentado Sem localizar aonde o meu passado E vou lastimar, lastimar profundamente Tudo o que eu fui e não sou mais Quando em desconsolo, eu procurar abrigo Vão me relembrar tudo o que errei E vão ironizar, dizendo "não há jeito" E eu vou remoer tudo novamente No fim dessa agonia: fantasia de palhaço Então, irá comigo transpor a negra porta Meus versos ficarão tristes magoados Lembrando quem eu fui e não sou mais