Ao perder a mãe querida Ele saiu em seguida Pelo mundo sem ninguém E seu pai amargurado Partiu desorientado Por outras bandas também Vinte e seis anos passado Já era homem formado Quando veio arrepender Saiu então resolvido A levar ao pai querido Um pouquinho de prazer Da estrada em que passava De longe se avistava Uma cabana esquecida Já cansado de andar Resolveu ali parar Pra pedir pouso e comida E o pobre do velhinho Que vivia tão sozinho Lhe deu hospitalidade Mas o malvado do homem Enquanto matava a fome Pensava em falsidade Por ver um baú trancado Com um forte cadeado Pensou em muito dinheiro E sem pensar no castigo Matou o velhinho amigo Que foi tão hospitaleiro Mas nesse baú de lata Não tinha ouro e nem prata Foi grande a desilusão E para maior tormento O papel de nascimento Lhe feriu o coração Nesse registro dizia A cidade, a hora e o dia Que nasceu o garotinho Foi então que compreendeu Que o registro era o seu E seu pai era o velhinho Só depois do crime feito Ele compreendeu direito Que a cobiça lhe enganou Todos os coração malvado Cedo ou tarde é castigado Foi assim que Deus falou