Eu sei que a alvorada é mais bela Riscando as vielas do Monte Serrat A vida parece criança Que, ao vento, dança pra se transformar Se a Lua é porta-bandeira O Sol é centelha criando ilusões Carrega a alma latina E a fé que ilumina as religiões Divino mestre-sala Fazendo de alas as constelações Anhãzinha vê a tarde chegar A flor menina olhando no céu Seu eterno amor bailar Tão linda luz corteja a praia Se espraia em cidades febris Quero secar todo pranto Colher pelos campos um tempo feliz O astro-rei desenha um crepúsculo que arde Pintando numa tela sua arte E, ao compositor, inspiração Sol, eu te peço, ao se pôr Acenda o amor que eu cultivei É ela a embaixada mais querida Que alumiou a minha vida E por acaso eu sonhei Viola que derrama serenata Nessa noite enluarada Traz um verso que clareia Incendeia lá no alto o candeeiro Até lembra o verdadeiro mestre-sala popular