Boleia a perna parceiro, e solte o pingo no pasto Pode pendurar os bastos, neste tronco de moeirão Te aprochegue no galpão, pois tá chiando a chaleira Erva mate é da palmeira, crioula do teu rincão Me sinto emocionado, recebendo tua visita Que a verdade seja dita, eu sigo na mesma sina É uma graça divina, poder me encontrar contigo Pra cantar com o amigo, nos pagos de serafina São dezenas de canções, demonstrando seu valor Um bagual corcoveador, e na lida de costeiro Desgarrados fandangueiros, exaltando nosso chão E o criado em galpão, sucesso no mundo inteiro To chegando da palmeira, a terra do chimarrão Do carijo da canção, festival do nativismo Desculpe, não é bairrismo, mas minh'alma se agiganta Quando abro a garganta, pra cantar o campeirismo Deixo aqui o meu abraço, pro meu colega Neimar E ao povo deste lugar, amigos e companheiros Eu me despeço parceiro, dizendo o que, que eu acho Nem que o mundo venha abaixo, vou continuar campeiro Muito obrigado parceiro, tu sabes que sou teu fã Ontem hoje e amanhã, com certeza muito mais Suas canções imortais, eu canto com galhardismo Ao guardião do campeirismo, o grande Walther Morais