Dona Delfina, Marquesa de Maringá Desde menina acostumada a luxar Família fina, de Aragão e Saragoça Passava as férias na roça, mas não gostava de lá Todo dengosa, tinha medo de galinha E ficava nervosinha de ouvir o galo cantar Até que um dia se soltou, entrou na nossa Hoje está tão casca-grossa Que já come até gambá É que a cidade foi ficando violenta E Delfina, com 70, já não quer mais badalar Mudou pra roça pra buscar paz e sossego Perdeu medo de morcego, tatu e tamanduá Dona Delfina de Aragão e Saragoça Hoje está tão casca-grossa Que já come até gambá Dona Delfina, prima de Maria Amália Agora não se atrapalha nos tira-gostos do bar Come testículos de boi, asa e moela Torresmo, bucho, morcela, jiló, maxixe e cará Dona Delfina, que era cheia de frescura Hoje está tão casca-dura Que já come até gambá