Na Bahia eu vi um canto, ô Sinhá da senzala Cheiro de defumador pelo ar Exala Um negro vindo do gueto É quem luta e não se cala Um negro vindo do gueto É quem luta e não se cala Bate na mão... É na palma da mão que se embala É canto, é lamento, afoxé, axé Exala É canto, é lamento, afoxé, axé Exala Tabuleiro da nega Nagô Tem quindim, tem cocada, abará Vatapá, caruru e mungunzá Vatapá, caruru e mungunzá Nego joga capoeira Tradição lá na ladeira Vai correndo pra ribeira Derrubar nega na areia É noite de lua cheia Quase meia noite e meia Ouve o canto da sereia Começa a cantarolar Tem batuque a noite inteira