Tão pequeno e tão sensível ao toque do abusador Logo cedo definido pela voz e a sua cor Esquecido pelo pai e a mãe que fez e não criou Mas agradecido a Deus por sua vó e seu avô Marginalizado e só, por não ser mais um igual Incapaz de ver beleza em seu corpo natural Endeusava o branco por não ser o padrão real Mas compreendeu que o mundo é seu, tentar nunca faz mal Eu sou A voz da resistência preta Eu sou Quem vai empretar minha bandeira Eu sou E ninguém isso vai mudar Tudo começou dar certo quando eu aprendi me amar Eu sou A voz da resistência preta Eu sou Quem vai empretar minha bandeira Eu sou E ninguém isso vai mudar Tudo começou dar certo quando eu aprendi Há um tempo eu entendi Que sou dona de quem serei E o que eles dirão Já não me importarei Aprovações sobre mim mesma Não mais esperarei Me aceito como eu sou Por isso não mais chorarei Não volto atrás Defini o meu caminho Entendi que o meu passado Não define o meu destino Me sinto pronta pra assumir A voz que em mim foi recebida Fortalecendo os escombros De toda periferia E aqui estou Sendo a resistência preta E sou Quem vai empretar minha bandeira E sou e ninguém isso vai mudar Tudo começou dar certo Quando aprendi Se a minha pela te incomoda porque é preta Eu te aviso ela é resistência, aceita Não tá fácil construir meu legado As portas fecham porque eu sou, porque eu sou preto e viado Mas eu não deito para esse hipocrisia, não Que mata mas consome como fantasia Eu ponho minha letra nessa melodia Para fortalecer o povo Povo da periferia Seu nariz é lindo, preto Sua boca é linda E seu cabelo é lindo, preto Sua cor é linda Seu nariz é lindo, preto Sua boca é linda E seu cabelo é lindo, preto Sua cor é linda Eu sou A voz da resistência preta Eu sou Quem vai empretar minha bandeira E ninguém isso vai mudar Tudo começou dar certo quando eu aprendi me amar Tudo começou dar certo quando eu aprendi Eu sou