O cinza que nos tira a paz vem do homem que não tem mais cores E as cores que não existem mais se dissolveram com nossos valores E agora, o que nos vale mais: É ser da natureza a filha Ou cair nessa armadilha de que é no concreto que tá nossa paz? E a paz se encontra nessa mata onde os valores desaguaram A mesma que hoje tá escassa e por pouco não privatizaram A mesma que eles nos afastam e dizem pra manter distância A beleza que chamam de mato e nos mantêm no cinza da ignorância Cheiro de terra molhada, textura de vida E o gosto de ter um lugar pra pisar Descalço no chão, sem mas, sem sermão Sem ter que hesitar A nossa alma foi selada por baixo do aço, concreto Ganância, bulha, fuzuê A vida se foi pra dar espaço Pro teu império cinza se erguer O homem dividido em raças nos põe numa caixa E nos diz que a fumaça é o nosso habitat Nos vendam o olhar, nos vendem papel Nos vingam com lar Mas a tua grana suja Não vai conseguir nos tirar o que a mãe terra nos deu Meu povo clamou, o muro excluiu O mundo acolheu O cinza que nos tira a paz vem do homem que não tem mais cores E as cores que não existem mais se dissolveram com nossos valores E agora, o que nos vale mais: É ser da natureza a filha Ou cair nessa armadilha de que é no concreto que tá nossa paz? E a paz se encontra nessa mata, onde os valores desaguaram A mesma que hoje tá escassa e por pouco não privatizaram A mesma que eles nos afastam e dizem pra manter distância A beleza que chamam de mato e nos mantêm no cinza da ignorância Sem homens de mal Sem homens de mal Os mesmos que traem, que roubam E dizem o que é ilegal E os homens de mal Não diferem do tal Que acham normal poluir E se contentam com o artificial O homem dividido em raças nos põe numa caixa E nos diz que a fumaça é o nosso habitat Meu povo clamou, o muro excluiu O mundo acolheu