Salve aruanda, salve a banda de lá Salve todos capangueiro Todo povo do terreiro Saravá! Salve a macumba Povo que luta sem medo Nas favelas e nos guetos Salve todo povo preto Abram os caminhos Pois lá vem filhos de fé No coração muito axé Quem quiser pode colar Tamo chegando Pra fortalecê os nosso Isso é mais do que negócio, isso aqui não é negócio Patacori, saravá! Ora ye ye, saluba, caô caô Eparrey, okê arô, laroyê, epa babá Atotobaluaiê A gente não pode mais aceitar Nenhuma barbaridade Que sociedade é essa Que vive à margem da realidade? Explora e oprime o irmão Acha que é melhor por quê? Tem coisa que em pleno século xxi Fica difícil entender Só preto que toma esculacho Só pobre leva baculejo É governante canalha Que só se preocupa Com o próprio desejo Os nossos tambores agora Vão entoar o grito que liberta Com as mãos calejadas E o peito aberto Nossa vitória é certa Ora ye ye, saluba, caô caô Eparrey, okê arô, laroyê, epa babá