Pra ter voz nessa cidade Só se for com a minha arte Com a minha arte Não sei não Se me derem aval e me deixarem aqui sozinha no sistema Vou fazer uma bagunça danada Não sei não Mas porque a cor dessa cidade é tão desbotada To ficando de cara amarrada De tomar porre de porrada De levar tapa na cara De várias direções Várias opiniões Que sem entender visões não pensam antes de levar tudo adiante De sempre ouvir sem fazer nada De dividir poucas migalhas De ser na terra um servo a cães Se deslumbrar com jóias, like ou fãs Ser tola a toa em frente as tele comunicações Moro num morro sem paz e calado Esquecido pelas leis daqui Mas mente aberta, seu corpo sagrado e fechado Pra quem seguir na luz e ir