Underground, nasce o flow Mais barato, camelô Egotrip, aqui não Não sou obrigado, arigatô Nascem flores no concreto E eu continuo reto Não consigo apreciar Olho pro lado sem imaginar Tá nascendo flor no concreto E eu continuo cego Continuo a caminhar Deus sabe lá aonde vou chegar Underground, nasce o flow Mais barato, camelô Egotrip, aqui não Não sou obrigado, arigatô Tô cego pras coisas do mundo Pros tesouros imundos Sou malandro, não vagabundo Sou a luz que ilumina o submundo Se palavras te deixam confuso Faço rap surdo e mudo De sentimentos me inundo Pro meu flow ser mais profundo Não me iludo, sigo sempre a correta direção Sentimento a flor da pele pra vencer a ilusão Nascem flores no concreto que plantei com minhas mãos Pra provar que amar é o certo e o poder da gratidão Underground, nasce o flow Mais barato, camelô Egotrip, aqui não Não sou obrigado, arigatô Uma flor nasceu na rua! Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego Uma flor ainda desbotada Ilude a polícia, rompe o asfalto Façam completo silêncio, paralisem os negócios Garanto que uma flor nasceu Sua cor não se percebe Suas pétalas não se abrem Seu nome não está nos livros É feia. Mas é realmente uma flor