Há uma caixa na beira da estrada No açoite no dia frio Esquecida pelo tempo Quem sabe o vento possa levar Todo desalento que assola O eu lírico desordenado No marasmo dos aflitos Abriga na arte seu pesar E quando chega a noite, a chuva cai Levando toda a escuridão no céu A dor se desfazendo E o peito a sucumbir Numa viagem cósmica A caixa vai partir