Nau Etérea

Embuste na Colina

Nau Etérea


É chegada aquela noite
E caminha o coiote a sua colina
Aos olhares assombrados de menina
É chegada aquela noite
Aos olhares assombrados de menina

Corre menina, deixe-o pra trás
Deixe-o sedento, um apetite voraz
Salve a inocência que a te veste
É tarde demais, a lua te deste

Sobe imponente a fera uivante
Sobre o abismo de um peito pulsante
Sem precisar o medo exaurido
Sacia em gula o corpo vendido

Seus dedos à terra sangrou,
Tomados a segurar toda sua dor
Que o embusteiro ser desfraldou
Num ato sem sufrágio de amor

A vítima lesada sairá
E retomar sua vida aprenderá
Sob o pesar de culpa confina
Aos olhares assombrados de menina