Não ceder à paralisia É preciso seguir Adiante como quem Se recusa a alargar As bordas dos rasgos O latejar da tristeza Apalpando o cardíaco Abafando as vísceras E mesmo assim não ocultar - de si - o rastro do Dissabor sob a língua O coração arranhado Ruído na vitrola O último colapso O último colapso Os castelos São todos de areia, meu bem E você finge não notar Não ceder à paralisia É preciso prosseguir Como quem assente o Sol A morte e o renascer Todo santo dia