Acordo e só tem Dorflex Eu nem consegui dormir Falta de ar e stress Dores que há dias tem durado Meu pai tem várias cartelas de comprimido no carro Ambos drogados Ele lá, e eu aqui Na rotina, finjo está sóbrio Em casa, finjo está sóbrio Até bebendo finjo está sóbrio Se tu me tira da tua vida, mulher Eu entro em coma alcoólico Não retire-se Se atire-se Teus sons agudos são a gravidade Pondo-me de joelhos ao chão É tanta areia pro meu caminhão Que meu coração vazio virou um deserto frio Cada conversa vários versos Me desavesso ao te encontrar em uma nova versão Quando estiver pronta para revezar Fazemos o inverso até não termos mais o que inventar Destino é roda da fortuna Acaso a girar Confie em meus olhos e o que eles não revelam E como um feixe de luz ultrapassando as rochas Te vejo chegar em passos mansos me amansar O tarde demais já vem lá Me abraça enquanto emendo Me aperta que nem remendo Nossos sentimentos são barcas a nos abrigar Conexões fortificadas Alma oscila Teus olhos são um poço dos desejos Eu, suicida atirar me Querendo morrer de amor Morrendo de medo de amar O que temos está tão distante dessa humanidade Que até posso chamar de Deus Bebendo do teu copo Bebendo do teu corpo O meu amor é seu Talvez por isso eu me odeio tanto Porque todo amor que eu tenho é seu Boto tanta fé na gente que virei ateu Nem Deus te ama tanto quanto eu Nem Deus te ama tanto quanto eu Nem o diabo quer te fuder tanto quanto eu Cheio de orgulho, raiva, ego E ela tão compreensível O mar que escorre dos teus lábios Bebo igual vinho A meta é o mundo Mas não posso largar tudo Isso inclui a minha irmã mais nova Você e os nossos filhos Sentiria tuas cólicas Teus sumiços são códigos Talvez eu seja eufórico demais Exigente demais Ou simplesmente precise de um psicólogo Nosso amor é uma clemência Pra esse munda cheio de pressa e preces Eu via isso nos teus olhos Talvez eu seja eufórico demais Exigente demais Cê num vai tá aqui pra sempre E sorrir não é acabar com os problemas Seu corpo é minha noite de Natal Onde só penso em comer Minha alma explodindo igual Trinta e um de dezembro Tudo nela me acalma Igual Sol de ano novo Mesmo ela odiando o amanhecer Mesmo que odeie ver o amanhecer Eu tiro tua paciência E tu tira minha roupa Mas, também tiro tua roupa E tu tira minha paciência Dentro da eternidade E fora das nossas roupas A máscara que cobre a nossa indecência