Em cada esquina da cidade Vou descobrindo o meu caminho E me perdendo pelos bares Sento num balcão qualquer Me escondo do luar Tento filar algum cigarro Roubar algum assunto alheio Talvez algum sorriso fácil De algum batom azul É, silêncio é uma prisão Prefiro a luz de um neon vulgar A bateção da mesa de bilhar Peço outro gin, ela diz sim Ouço um bolero, ela me chama Mas vem o dia me acostumar Me devolver nas mãos do meu azar Posso dizer que sou mais um sofredor Que faz da noite o seu maior amor