Queria ser um poeta Pra fazer mais um poema Queria ser trovador Pra poder rimar um tema Falar das coisas bonitas Das belezas que já vi Garça branca pantaneira Meu pequeno colibri Quase perdi a rima E o jeito de trovar Vendo a estampa tão bonita Da querida Cuiabá Capital matogrossense Me encheu de emoção Me fez lembrar com carinho De uma grande canção As madrugadas saudosas Onde canta o sabiá A viola do Crispin Lindo jardim de Alá A tarde fica morena Na hora do sol entrar Parece a dor da saudade Fez meu coração chorar Lembrei por um madel Da minha Minas Gerais Berço do grande poeta Que aqui não está mais Plantou um pé de cedro Que nunca mais vai morrer Me falou do poço verde Que jamais posso esquecer Noro na esquina do adeus Junto com a ingratidão Cometeu pecado loiro Porque sentia a paixão Eu fiquei amargurado Pela dor de uma saudade E está fechada pra mim A cortina da saudade As madrugadas saudosas Onde canta o sabiá A viola do Crispin Lindo jardim de Alá A tarde fica morena Na hora do sol entrar Parece a dor da saudade Fez meu coração chorar