Venho vindo no vento pela estrada Dando adeus à linguagem na toada Na bagagem o olhar da namorada Ficou pra trás A linguagem conduz minha manada De todos os que eu fui, nonada em nada Vejo a treva e luz na encruzilhada Pois tanto faz O que eu sei é que Minas não há mais E nem há barco esperando no meu cais Lembro de portas, casas caiadas, Travessias, calçadas O que eu sei é o silêncio das picadas E era tão bom não se saber demais Derramou-se o que sei, foi na enxurrada Entre escolhas e sinas O que sei, ora, ninguém sabe nada Do olhar da menina namorada Não saber é mais denso que imaginas O resto é Minas O resto é Minas O resto é Minas, ê Minas Ê Minas, o resto é Minas Ê Minas é hora de partir