Domingo, mãe em casa Sentimentos múltiplos Ausência de sentidos Nasce efervescência Aê irmão Lembra da época do campão Do sonho de ser jogador de futebol Dos corres de Sol a Sol As minas, as pipas, aplicando o cerol Do sonho não de ficar rico Mas apenas viver bem Negrão, capitalismo selvagem Você vale o que tem Mas faça valer de você Algo útil pra si mesmo Algo útil pra quem te ama Seja útil a quem te ama Nos sete dias da semana Efervescência carência de sentido Agitação de espírito Vivemos na busca do achado ou perdido Atrito! Por um cordão de lata meu parceiro Joãozinho não está mais vivo É no convívio Não por indivíduo Na melhor qual o seu sacrifício? Salve, salve, salve gal, salve geral Danilo aliado Em meio às multidões Cuido dos leões Pois meu brilho por um igual tenta ser ofuscado Safado, atrasa lado Enviado Ou retirado Bolando planos para Gladiar No mundo chamado E não morrer matado Todos no corre Um sofre outro morre A fé não é sorte Todos no corre Um sofre outro morre A fé não é sorte A ocasião Não vem não Faz valer a bondade de um Humilde coração Negrão preste atenção Kabuloso, kabuloso e kabuloso Cartilagem se achando espinha dorsal Na moral Tá osso A vida sem sentido Culpa de um sistema criminoso No qual O importante é não parar Não desistir, agir além de falar A ociosidade na vontade de correr E não saber andar É bola de neve no país tropical Sátira do real Na qual Educação no Brasil é matemática Político subtrai Periferia aprende na prática Moleque dividi as vinte cinco a função x É automática Pai de família que levanta as cinco Em trinta dias multiplica o salário mínimo Mãe que soma de dentro pra fora no seu intimo Entre um bar e uma igreja Esperança versus desespero ao quadrado é o que sinto Todos no corre Um sofre outro morre A fé não é sorte Todos no corre Um sofre outro morre A fé não é sorte Why- por que do estrangeiro Uai é a gíria do mineiro Uai- unidade de atendimento imediato Sistema público de saúde, na minha cidade é assim Uai sigla do carai De onde eu vim Betim é o 7 Deve ser de um por semana no IML Liberdade Sentido amplo voraz Alforria, mentira Em nunca olhar pra traz Ao atravessar o Paraopeba de Bicas ao citrô Pois o êxito no corre você que faz Sagaz, eficaz Trago o ódio Ópio Vontade de matar no ilógico Nesse semblante Veja a luz distante Inconsciente Ao acaso Turbilha e ferve Em movimento débil e acelerado Chocando mundos Sou o ex escravo mal criado Entre desordens e perturbações Mais vale ser uma piaba esperta Neste mar de tubarões Impulsionando multidões Sem apelo sexual Imoral ou capital A revolução é rap Do conhecimento ao instrumental Todos no corre Um sofre outro morre A fé não é sorte Eis que veio o vento forte Corre a morte, sorte, corte Mudando de curso a direção Bem sucedido, neguim Inédito resultado desta equação Vulgado ser Iludo ser Frustração gera ladrão Entre o prazer e o nunca ter Todos no corre Um sofre outro morre A fé não é sorte Se liga na cena no trampo de motoboy Paro no sinal vermelho com minha 125 E olho pro boy paralisado de medo Esbanjando mais de 200 mil na ranger rover Paralisado de medo Porque ele olha pra mim e sabe Que a chicotada da casa grande ontem Hoje me faz querer sentar o dedo Elite motorizada Paralisada de medo Chicotada da casa grande ontem Me faz querer sentar o dedo Mas não vou dar chance pra uma resposta oportuna Vou buscar tudo que me devem Através do conhecimento e do meu trabalho Pois eu vim pra buscar Todos estão corre Um sofre outro morre A fé não é sorte Eu vim pra ganhar Todos no corre Um sofre outro morre A fé não é sorte Todos no corre Um sofre outro morre A fé não é sorte