Minha poesia faz freguesia Pra deixar mano de ipocrisia Vou enchendo de verbo a barriga Da burguesia de ideologia E ideia certa Pelo certo mano chega da agonia Querem meu povo no fundo do poço Por causa da nossa etnia Prostrado rezando pedindo um milagre Coitada vei da avemaria Me sinto Daniel na cova dos leoes Matando um leao doto día Quem fazia uns trampos na madruga Hoje faz trap em quem diria Ideia perfura tipo as traçantes Chega os puto da até aritimia Na madruga o bonde vai passando Os corujas so tá bizoiando Comentando da prata da calça Tênis do boné que nós tá usando Tó suando na naite gastando avontade De role na nave quem sabe mastarde Eu tome um enquadre os vermes me ha pague Pensamento errado reprende De vaçilão man já tá cheio aquí Querem me ve preso cagado mijado Pagando o crime que não cometi Meu corpo gelado no marmorie Se isso é palhaçada eu até sorri Já tó cansado do seu mimimi Desacredito que eu iria chega Hoje faço show tenho até camarim Corte da navalha a vida é um fio Sou o desconforto do seu sonho tío 0 neguinho aquí já passou a mil Esquivando de tudo e se nem viu Das casinhas armada cóco e facada Rajada grana tiro de fuzil Minha poesia vai dando azia Isso pra eles eu sei e barril Sequelado verme pro estado Por ter um som marginalizado Eu Sou pit Bull Um bicho feroz Nago B. A foda no porta voz Não esquece eu sou endomavel Homem bomba na mente do estado Foda-se pau nu cu arrombado Burguesia não ouvi meu som Falam que o preto aquí não tem dom Roubam verba pra bebendo shandon Minha letra não toca no radio Diz que o meu dialeto é errado Mau me ve já sou descriminado Igual a tía burguesa que aperta bolsa Ao me ver passa pro outro lado E letra versada ideia trocada Sem vacilação aquí nessa jogada So tem bomba morteiro e granada Não esquece das minha quadrada Meu pente tá cheio te corto pelo meio Mando flores pra sua finada Deixa teu corpo no meio da estrada Ou numa fabrica abandonada Não vacila não desacredita Sou sujeito home na minha caminhada