Meus olhos como que varrem Toda a extensão da terra E pela reta do meu ponto Ao teu olhar que se distrai Faz da distância inatingível Um porto pronto a me esperar. Mas não me esperas e nem vês a mim Por um sortilégio o vento é que traz Estas visões dos mesmos jardins A rosa, o cravo, dentro de mim fazem um vergel Uma pintura suspensa, esta paisagem e o fim Dessa esperança e da minha paz. Todo alucinado enxerga esse cais. Não, não é de vera esta primavera Que antecipo ou adio na maluquice Dos teus olhos flores, e dos meus, quimera Porque só deus torna à meninice Só ele pode refazer o que era Que no tempo, vai e vem, resiste Ao teu lugar. ver-te quem dera Poder de novo ver teus olhos tristes Dentro dos meus na alegria mera Olhando o cais que ainda resiste