Quando me dou frente a frente Com os teus olhos de louca Fica a impressão de que vi, Algo de extremo e pouco E vou ao delírio, perto Já da minha loucura Fico gritando o teu nome Em aflita amargura. Se quando olho os teus olhos E não vejo os meus refletidos Fixo-me no chão só pra ver Se os meus não caíram E de pura dolência Caio por terra e vejo Já no fio do precipício Enxergo e não creio. Que tu não veja em meus olhos Esta claridade Aveludada, mas plenas O que faz a idade São os teus olhos meus São só minhas verdades As tuas eu busco e não conto Se tenho encontrado.