Se faltares No dia em que saires embora Levarás também, os meus sonhos Que em todos ele tu estais! Sem a tua companhia. E quando fores sem mim Terás levado também minha alegria É de mim, eu me conheço... Não saberei mais ser alegre! Levas, de todo querer necessário A proteção dos meus braços... Quem sabe das noites, de frio Tu mesmo, neles te protegerás Como guardiões teus, na nevasca. Não deixes pra trás palavras De amor e preces, porque pressinto Elas serão as únicas palavras que direi As únicas palavras que direi. E suavemente, soltas as minhas mãos Dedo por dedo, célula por célula Porque elas estão apegada às tuas, por ti De tal maneira, que será o susto O pânico em que me deitarei longas noites Tentando esquecer-te E a lembrar-me de minha vida. Por minha vida tudo suportarei! E saibas: Sei de amores quadrilheiros Sei de amores pelos outeiros Sei de amores pelos luzeiros Sei de amor pelos cruzeiros. E a minha vida será a mesma. Vida de deus.