Embaixo das frondosas Nascidas de sementes Que eram pedras E por serem pedras, já cansadas Viraram sementes gordas. Por conta delas pariram As árvores e as sombras Onde descansa o luar. Podíeis dizer é um sonho Um surto de uma doença Quando eu digo do que vi: Uma estrela descer só Pousar numa dessas árvores E ficar ficar um dia e meio E começou a solfejar. Virou um pássaro branco E toda noite vem dormir Nas folhas petrificadas, Das mangueiras sombreiras Que diferentes de todas, Dos campos próximos dali, Elas nascem e crescem assim, pedras E de pedras são seus frutos Suas folhas verdes, a sua flora no verão. Pra quem duvida da estrela passarinho, Tire uma noite vigilante de lá, Também as frondosas mangueiras, Estão lá de fronteira, Com o que há e o que vai existir.