Desde criança, ainda pequeno, O meu desejo era ganhar o mundo, Não em partes de latifúndio, Mas por todo ele palmilhar, Botá-lo por entre as pernas, Varar seus veios, caminhos, E assim seguir, indo, indo. Queria me deparar Com as diferenças previstas, Um mundo todo à minha vista, De ele todo me aproximar. Carregando em meus bornais, O pó fecundo das estradas, Imagens de novas pessoas, E assim seguir à toa, Sabedor que o mundo foi, E sempre será como é, De Deus, de nenhum homem, Quem só tem direito ao nome, E não o pode demarcar, Assim julgava eu, Um dia me prolongar, Nos retos estreitos e ir, Voltar só quando bem cansado, Das aventuras tresloucadas.